Revi algumas pessoas muito queridas hoje. São amigos da época de colégio e não nos víamos há muito tempo. Entre eles estava meu primeiro namorado, com o qual fiquei por quase 4 anos. Isso não foi esquecido em nenhum momento.
Ao contrário, era lembrado a todo momento. Entre farpas, falas, olhares, cuidados. É muito estranho. Ao mesmo tempo, falávamos dos nossos relacionamentos atuais como quem troca figurinhas. "Vai casar?" "Pretende ter filhos?" "Nossa, seu irmão já tem essa idade?", "É, sua vó gostava de mim". Amenidades que um dia foram construídas em cima da eternidade dos romances de adolescência. E o pior disso tudo é ter as testemunhas do que foi dito, feito e vivido ali, sentadas ao lado para que nenhum de nós desminta ou omita algum detalhe.
Extremamente constrangedor e belo. Não sei onde eu vi beleza. Talvez naquele olhar que eu conheci há anos atrás. Talvez uma tentativa de reconhecimento desse ser que um dia eu tanto amei.
Entre comentários, percebo que restou alguma mágoa de mim. Algo de imperdoável permaneceu. Algo do cuidado também. No falatório geral, sempre voltávamos a algo nosso. Aos papos de ex-namorados. E, fatalmente, o nome do meu ex e amigo dele, apareceu.
Realmente, como meus sábios amigos letrados que parafrasearam Hamlet disseram: "há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia".
E eu rebato com Chico: "o que será, que será?"
Ao contrário, era lembrado a todo momento. Entre farpas, falas, olhares, cuidados. É muito estranho. Ao mesmo tempo, falávamos dos nossos relacionamentos atuais como quem troca figurinhas. "Vai casar?" "Pretende ter filhos?" "Nossa, seu irmão já tem essa idade?", "É, sua vó gostava de mim". Amenidades que um dia foram construídas em cima da eternidade dos romances de adolescência. E o pior disso tudo é ter as testemunhas do que foi dito, feito e vivido ali, sentadas ao lado para que nenhum de nós desminta ou omita algum detalhe.
Extremamente constrangedor e belo. Não sei onde eu vi beleza. Talvez naquele olhar que eu conheci há anos atrás. Talvez uma tentativa de reconhecimento desse ser que um dia eu tanto amei.
Entre comentários, percebo que restou alguma mágoa de mim. Algo de imperdoável permaneceu. Algo do cuidado também. No falatório geral, sempre voltávamos a algo nosso. Aos papos de ex-namorados. E, fatalmente, o nome do meu ex e amigo dele, apareceu.
Realmente, como meus sábios amigos letrados que parafrasearam Hamlet disseram: "há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia".
E eu rebato com Chico: "o que será, que será?"